Penalidades/castigos para adolescentes - Lições de Vida - relatem as vossas Experiências e Resultados

O meu filho é novo demais e bem-educado. Nunca me fez uma birra nem coisa que valha. Não me lembro sequer de o ter "posto de castigo".

Eu fui espancado de cinto aos 5, levei pontapés na cabeça aos 12, chicoteado com um fio de cobre aos 14 e posto fora de casa aos 16. Não faço ideia se os meus pais já morreram mas espero bem que sim.

Tenho um puto de 13 anos. Esta na fase difícil. As notas começaram a cair em Dezembro. Primeira namorada. N lhe apetecia estudar

Ele n joga ps durante a semana. Tentei reforcos positivos, ps5 se melhorasse as notas agr no final, merdas nices. Mas n deu resultado

Entao fui para os negativos. Instalei uma app p controlar o horario do tlm dele e caso falasse mal c a mae, q é costume, ou fosse parvo a sério eu bloqueava o tlm

No misto disto meti.o em explicações a matemática pk tirou uma nega e nc tinha tirado e fui tendo conversas sistemáticas com ele sobre as obrigações e os lados positivos de ser bom aluno

A coisa melhorou, foram meses árduos e sei q para o ano ha mais.

A cena é nao desesperar, tentar ser um exemplo e insistir no discurso positivo de crescer bem

Acabou c 90s a matematica e as notas melhoraram. Ainda precisam melhorar mais mas nao cedas fácil e insiste nas obrigações dele ou dela. Fazer mochila, cama, estudar, estuda com ela e pronto. A idade da parvalheira passara, cm passou cmg

O que é a idade da prateleira?

Até que a criança perguntou porque estava a ir para o Abrigo de Proteção de Menores e quanto tempo ficaria sem ver a mãe e o pai...

Mas isso são pais ou terroristas?

Melhor ainda: sessões de apoio parental. Porque o que acabaste de relatar são coisas que mostram desconhecimento do desenvolvimento de uma criança e do processo traumático.

Sei que vou ser polémica e ter downvotes,mas aqui vai. Não sou de todo a favor de castigos, seja qual for a idade. Sou a favor da conversa e da comunicação. A relação que se constrói com a criança até aos 7 anos é muito importante para a construção dos valores. Estamos a preparar os adultos de amanhã para serem emocionalmente inteligentes e para isso, durante o caminho, eles não vão ser perfeitos e é bom que façam as suas birras e os seus disparates. Tudo tem o seu tempo e preferimos crianças que façam birras e sejam adultos emocionalmente estáveis, do que crianças "bem comportadas" e adultos disfuncionais. As birras nas crianças acontecem porque ainda não sabem expressar tudo o que sentem e ficam frustrados, libertam a energia dessa forma. Não libertar essa energia... Dá aqueles adultos que não sabem o que fazer com os sentimentos e passam do 8 para o 80 ou têm doenças mentais como a depressão, que são coisas muito sérias, para não falar da bulimia, anorexia e outras doenças mentais que aparecem na adolescencia. Mas, estou a desviar-me do tema, a adolescencia é tramada, e como disseram aqui se a mãe sente que não tem as ferramentas para lidar com a adolescencia deve procurar apoio de um psicólogo/psicóloga direcccionada para este tema que a ajude a encontrar as ferramentas que tem dentro de si. Para melhor conseguir guiar a sua filha neste percurso de vida. Os filhos crescem connosco e nós crescemos muito, como pessoas, com eles. É uma questão de estarmos atentos.

Há um livro ou dois, que li já pra aí há 20 anos e gostei bastante, eram super finos e de bolso: o pai minuto e a mãe minuto. Basicamente a ideia é de reforço positivo. Ao invés de punir a ideia era apanha-los a fazer bem e recompensar no momento. Isso precisa de presença, atenção e observação. E recompensas não são brinquedos, muitas vezes são palavras ou um abraco e elogiar sempre.

Poucos castigos e muita pedagogía, são bem mais intelegentes e racionais do que o que pode parecer. Não fazer dramas e saber rir das situações, especialmente na adolescência e com raparigas, usar os maus exemplos para aprendizagem de preferência com reconhecimento e positivismo. Castigo só como último recurso e com uma conversa associada, ou até só um abraço.

Parece-me que a mãe é o problema e não a filha. Cresci com país separados e o facto da filha não dizer á mãe que tem algo combinado com o pai revela bastante do comportamento da mãe. Normalmente não existe nenhuma razão para não dizer a não ser que a mãe tenha reações adversas em relação a isso (o que me aconteceu quando eu era pequena e tinha de esconder que falava com o meu pai). Tenho pena desta criança por se encontrar nesta situação entre dois pais, provavelmente tentando agradar ambos sem chatear o outro.

A mãe tem de trabalhar em deixar a filha confortável para lhe contar como se sente e os seus planos. Não é como se a filha tivesse ido sair a noite às escondidas, a filha esteve com o pai e ninguém deve ser penalizado por isso. Um castigo vai só vai fazer a filha associar estar com o pai com uma reação negativa por parte da mãe.

É incrivelmente triste ler este post e ver o que crianças (como eu fui) têm de passar por terem país separados e quando tentam agradar ambos os pais acabam por ser penalizadas e recebidas como uma reação negativa.

E falar com o unico adulto em questao, o pai, que sabe perfeitamente da questao da guarda. Nope, é a miuda e o primo que sao o problema. Os dois grandes metres manipuladores.

Castigar uma pessoa por qierwr estar com o pai?

Se está na idade da prateleira já tem capacidades cognitivas para perceber que devia ter avisado a mãe.

Também me quer parecer que essa mãe está à procura de uma desculpa para se atirara ao pai usando a filha como arma.

Epa, eu ia comentar mas depois lembrei-me que são estes posts que me trazem downvotes e depois é uma bosta.

Oscilo entre não conseguir não responder a "o meu filho é bem educado e não tenho problemas desses" 🤣 (o que não é o caso do meu... bem educado ele é, só que às vezes não colabora...), e contar as histórias do meu.

Deixo duas: quando me separei, ele tinha 3 anos e meio. Na primeira que disse que queria viver com o pai, chorei muito. Na segunda, também. Na terceira, perguntei onde estava a mochila para ajudar a arrumar as coisas. Nunca mais usou como chantagem.

Outra? Já na pródiga idade de 13 anos, diz-me com o maior despeito "sim, já sei, vais tirar-me o tlm e a ps e mais não sei o quê ". Não tirei, simplesmente fui tão fria como um iceberg no dois dias seguintes. Ao terceiro já não saia de perto de mim, mudou a atitude e ainda pediu desculpa. Nem sempre tirar os aparelhos funciona. O meu mais rapidamebte fica a olhar para o tecto durante uma semana. Mas a indiferença? Ui... custa muito.

Pai separado de 2 filhos: 1 de 8 anos e outro com 17. A guarda é totalmente partilhada.

Os 2 exemplos dados são meio hilariantes e, apesar de cada criança ser completamente diferente de outra criança (mesmo com mesmas condições e mesma educação, são sempre diferentes), parecem-me estórias muito pouco credíveis. Outra coisa que não me parece muito correcto é achar assim tão mal a filha querer combinar coisas com o pai e ser castigada por isso. Se alguém tem que levar na cabeça é o pai por não ter contado à mãe a situação que se estava a passar. Agora castigar a filha nessa circunstância (pelo menos sem saber mais da estória) é algo muito mau, é maldoso e traumatizante para a criança que deve ter o direito de querer estar com ambos os progenitores

Voltando à questão inicial, é preciso conhecer o filho e saber o que mais o afecta. O meu filho mais velho, apesar de não ter jeito nenhum para o futebol, ele adorava ir aos treinos, mas quando se portava mal não ia. Já o mais novo adora o YouTube e por isso quando se porta de forma menos correcta fica 1 tempo sem ir ao YouTube (já foi 1 dia, e já foi 2 meses, é consoante a gravidade do que ele fez). Por isso creio que os melhores castigos são aqueles que parecem maus aos olhos deles e não o que nós achamos que seria mau caso fosse aplicado a nós próprios.

Edit: typo

Em nenhum do casos que descreveste a criança aprendeu qualquer lição ou o porquê de o seu comportamento não ser o correto.

Num deles a mãe passou vergonha em público, o filho ficou na mesma e provavelmente só se cansou da birra.

No outro, a situação é ainda pior. O adulto instrumentalizou os serviços de apoio que devem fornecer um sentimento de segurança à criança em casos raros mas de necessidade, e pintou-os com uma falsa narrativa de "deserdamento" que tornará qualquer contacto futuro com essas entidades mais difícil do ponto de vista emocional.

Se algum desses casos te parece um bom exemplo de castigo, aconselho que nunca mais voltes a opinar parentalidade

A menina está a precisar de ir viver uns meses com o pai. Normalmente demonizam o progenitor que está a 100% na vida deles. Faz parte. Uns meses com o pai a receber as ordens da escola, dos banhoS,da roupa e dos telemóveis e a vontade de ir à revelia para o pai provavelmente passa. Tive uma amiga que mandou o adolescente para o pai durante uma ano, mudou de escola e tudo. Quando voltou era outra pessoa 🤷🏻

Os adultos fazem merdas bem piores e não lhes tiramos o telemóvel nem qualquer outra coisa que eles valorizem. Não percebo porque é que se faz isso com as crianças/adolescentes. Não sei onde é que se foi buscar que castigos fazem os putos aprender alguma coisa, só ganham ressentimento e aprendem a esconder melhor a merda ou a simplesmente não confiar nos pais. Como adulta da situação e como MÃE, a tua amiga tem de falar com a filha e explicar porque é que ela agiu de forma errada e como deve proceder no futuro. Esta foi sempre a relação que tive com os meus pais quando fazia asneira e acho que me ajudou a nutrir uma boa relação com eles na minha vida adulta, em que sinto que posso confiar neles e eu própria tenho um maior sentido de responsabilidade.

OP, vou por partes:

• caso 1 “filha na idade da prateleira”: a filha é menor e fazem dela intermediário entre dois pais divorciados? Errado. A responsabilidade de avisar era do pai e portanto a mãe castigá-la não tem ponta por onde se lhe pegue — aproveito para dizer que já tive no papel da filha e o resultado não foi bom;

• caso 2 “OP e os irmãos”: portanto havia um problema e mantinham entre vocês porque a vossa mãe não se queria chatear… assim se criam pessoas propensas a abuso, espero que não seja o teu caso, OP, mas quando há uma entidade acima, neste caso os pais, eles estão lá é para resolver os problemas, não passar essa responsabilidade para os que não têm forma de se virar mesmo que quisessem;

• caso 3 “miudo no supermercado”: é uma técnica usada em alguns casos porque há miúdos que têm, de facto, dificuldade em percepcionar o que estão a fazer, mas ao ver o outro a fazer o mesmo apercebem-se e param— não concordo na aplicação disto em público;

• caso 4 “denúncia na CPCJ”: custa-me muito a acreditar que uma criança saiba de existência de tal entidade e suas funções tirando o facto de alguém falar disso múltiplas vezes à sua frente e, claro, a solução da mãe foi traumatizar o miúdo— depois admiram-se que os filhos não querem nada com eles.

Discordo a 100% com castigos porque, muito sinceramente, acho que são um atalho para pais que não se querem chatear e/ou não querem perceber de facto o que se passa com os filhos e/ou, no fundo, até gostam daquele cheirinho de poder exercer poder sobre outra pessoa, que é uma criança que acham que é propriedade sua.

Aplica um castigo a um adulto e vais ver qual a reação dele: gostam que vos tirem as coisas, que vos enganem, que vos batam? Então vão fazer isso a uma criança porquê?

Se os pais não estão a conseguir gerir uma situação e há múltiplas situações em que isso pode acontecer, eles têm a obrigação de procurar auxilio especializado, seja junto de profissionais de saúde, como terapia e psicólogo, e de outros meios à sua disposição no meio escolar ou fora dele. Ninguém nasce ensinado e portanto procurar ajuda para lidar com uma criança junto de quem tem esse conhecimento é crucial.

Como última nota, sou mãe de uma criança com necessidades especiais, não faltam situações complicadas de gerir diariamente.

Bater não é educar. Falar, comunicar e explicar é. Eles são o espelho das nossas ações.

Como alguém já referiu, mais pedagogia e menos castigos.

Houve uma altura em que não gostava de crianças e achava que birras se resolviam bem com palmadas. Hoje, bater/castigar fortemente é algo que diz mais dos pais do que das crianças. Há crianças que extrapolam mas, geralmente, tudo o que elas são/fazem, aprenderam em casa.

Educar pelo exemplo, não tomar decisões/atitudes com a cabeça quente, respirar fundo, conversar, explicar... acho que é o mais importante.

Claramente não tens filhos nem ainda maturidade para perceber que criar um filho não tem tutoriais na net nem formas de resolver birras ou problemas.

A pessoa está a pensar em castigos porquê? Do nada? Os castigos não são atividades que escreves numa lata e depois tiras à sorte quando precisas "olha calhou tirar o telemóvel"

O que para as crianças chamamos castigos são versões um pouco menos agressivas das chamadas chapadas de realidade, é mostrar que ações têm consequências.

Mais importante que saber castigos é perceber os comportamentos e a razão dos mesmos e atuar de forma pedagógica.

Usar como castigo tirar o telemóvel em algo nada a ver, vale tanto como castigo físico. Não ensina nada.

fiquei sem telemóvel durante muito tempo, várias vezes, não aprendi nada com isso.

Parece-me algo cruel e excessivo retirar o Partido Socialista à criança, mas cada um tem o seu estilo de educação!

Portanto, por de castigo por combinar coisas com o pai sem dizer à mãe. É uma excelente maneira de a miuda continuar a fazer coisas às escondidas da mãe. Já não estamos a falar de um bebé, já tem capacidade para compreender as coisas por isso não sei mas na loucura, como mãe, explicava-lhe q não podia fazer as coisas às escondidas, q a mãe fica chateada, mas pode combinar coisas com o pai e dizer à mãe, q isso não tem mal nenhum. E visto q a adolescência é uma idade complicada para a maioria das pessoas, se o pai é em condições, não vejo mal nenhum em estar presente. E a mãe deve avaliar pq razão a miúda sente necessidade de lhe esconder isso.

Por isso, falaste em muita coisa mas não contaste o mais importante. O pai é pai ou é dador de esperma? É importante saber. De qualquer das maneiras, castigar nesta idade pode não ser o melhor caminho. Já agora, não há guardas exclusivas. Há responsabilidade parentais q são divididas (a não ser q um dos progenitores seja judicialmente impedido de as exercer). A residência é q pode ser apenas com a mãe.

Olá,

No caso 1, o primo, mais velho, com.14 anos, manipula a prima com 12.anos Foi ele que ligou ao tio, a combinar tudo. Não vou tecer comentários sobre o comportamento do pai da miúda em público...

No caso 2, sim, foi uma grande responsabilidade com que eu fiquei por ver a minha mãe constantemente a chorar a morte de meu pai, anos depois de ele ter falecido. Traumatizou-nos, e sim fomos avisados psicologicamente, mas nos anos 70 não havia o que já hoje... Já que perdoar,as não esquecer.

No caso 3, acho que foi isso. Ouvi esse relato não sei onde.

No caso 4, também foi relatado por uma das formandas, de uma formação sobre inteligência emocional, a que assisti.

Obrigado pelo feedback

isto parece-me um caso que se resolveria a falar e a explicar à filha porque devia informar a mãe.
Porque se virmos isto do ponto de vista da filha, vai criar rancor, ora pensa, o pai combina coisas com ela, e ela quer ir e estar com o pai, quando volta a mãe coloca-a de castigo, vai ficar a achar que a mãe não quer que ela não esteja com o pai, vai fazer com que a filha goste mais do pai que da mãe, afinal o pai vai ter os momentos positivos e a mãe só dá castigos... deveria ser um castigo leve, acompanhado de uma explicação, afinal a miúda é filha dos 2, é normal que também queira estar com o pai embora a custódia seja da mãe

Castigos corporais nunca me ensinaram nada. Levei cada coça do meu pai de cinto, com 8,9,10, aos 16 já só vivia com a mãe, ela não tinha força física para me dar, pegava em coisas e eu tirava-lhe tudo da mão. 

Aos 17 fui pra faculdade. 

Não convivo mais de 3 vezes ao ano com o meu cota, vive a uns 5 km de mim. A velhota emendou e damo-nos bem.

Resumindo, acho que não vale a pena castigar como reforço negativo, mais vale insistir em premiar e castigar muito raramente. 

Se não se mostrar o valor de manter uma conduta decente desde cedo, não são castigos de qualquer tipo que vão ajudar já na adolescência. Se for algo repetitivo, mais vale meter um psicólogo ao barulho. Não vergas facilmente um adolescente rebelde de 16 anos ao cortares-lhe a net ou bateres. 

Eu (26F) apanhava porrada. Fim.

Eu fui educado aos berros portanto isso nem era questão. Mas nunca me bateram.

Outro exemplo, uma criança começou a. ameacar o pai dizendo que se ia queixar a CPCJ. A mãe pegou no dia seguinte no filho e na mochila dele e levou-o a dar um passeio que durou mais de uma hora... Até que a criança perguntou porque estava a ir para o Abrigo de Proteção de Menores e quanto tempo ficaria sem ver a mãe e o pai... Mais meia hora depois e chorava compulsivamente dizendo que gostava muito do pai e que não queria ir para o Abrigo. Serviu de lição.

Foda-se que experiência traumática, com pais desses parece que o filho tinha razão em fazer queixas à CPCJ. Pena que a CPCJ seja um cocó gigante e acredito capazes de não fazerem nada ou de piorar a situação.

Tantos comentarios de quem não tem um filho para criar. Deu para rir.